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25 junho 2012

Tecnologia: Surface x iPad



Surface X iPad. Dá para comparar?


A Microsoft surpreende e estreia no mercado de computadores com seu tablet. A Apple é o alvo a ser batido.

Por Bruno GALO
Tudo tentava lembrar o estilo Apple. Do convite misterioso enviado à imprensa, sem muitos detalhes, à tentativa de provocar burburinho nas redes sociais. O discurso adotado também poderia ter sido elaborado em Cupertino, na Califórnia, onde está localizado o QG da fabricante do iPad. Estamos falando da Microsoft – rival histórica da companhia fundada por Steve Jobs –, que realizou na segunda-feira 19 um evento para divulgar um dos mais importantes movimentos de negócios da companhia em muitos anos: o lançamento do seu primeiro tablet. “O Surface cumpre o sonho de permitir a você trabalhar de qualquer lugar”, afirmou Steve Ballmer, CEO da Microsoft, pouco antes de mostrar o aparelho. 

“Ele é para sua diversão, sua criatividade e para sua produtividade.” O Surface marca o ingresso da Microsoft, que é uma empresa de software, no mercado de computadores. Além disso, ele tem a dura missão de desafiar a supremacia do pioneiro iPad. A tarefa não será fácil. Mas, a julgar pela demonstração feita por Ballmer e sua turma, o equipamento reúne credenciais para se colocar como um oponente à altura do tablet da Apple. Para começar, o Windows 8, sistema operacional presente no Surface, é o mais original entre os apresentados até hoje para concorrer com o iOS, da Apple, instalado no iPad. 
 
A interface é formada por blocos quadrados e outros retangulares, que podem ser facilmente manipulados pelos usuários e dão acesso às aplicações. O Surface também quer oferecer algo que nenhum tablet ainda conseguiu: ser uma boa máquina não só para consumo de mídia e tarefas simples, como jogar games, ver filmes, ler livros, editar fotos e checar o e-mail. Ele pretende ser usado também como uma ferramenta de trabalho para produção de conteúdo e atividades mais complexas, como criação de planilhas, textos e apresentações. Além de se colocar como um oponente para o iPad, o Surface quer ser também um ultrabook. 
 
Para isso, estará disponível em duas versões: uma de valor mais baixo, para fazer frente aos tablets, e outra mais sofisticada, com o objetivo de rivalizar com os notebooks ultrafinos lançados recentemente por todos os principais fabricantes. A inovadora capa Touch Cover, que vem com um teclado, reforça essa promessa. “O Surface é um tablet que trabalha e funciona da maneira como o usuário quiser”, afirmou o presidente da divisão Windows da Microsoft, Steve Sinofsky. “É ao mesmo tempo um tablet e um PC.” A Microsoft, no entanto, não informou a duração da bateria do aparelho, nem tampouco o preço e a data em que vai chegar às lojas. São pontos importantes que estão em aberto e podem definir o sucesso ou o fracasso do Surface. Sinofsky afirmou que o preço será competitivo. 
 

“Na teoria, trata-se de um grande produto, com potencial para fazer algumas coisas melhor que o iPad”, afirma o consultor americano Rob Enderle. “Mas convencer os consumidores disso será talvez a parte mais importante e difícil para a Microsoft.” À parte todos esses aspectos, há outro tão ou mais importante que atrai as atenções do mercado. O Surface é o primeiro computador fabricado pela Microsoft, desde a fundação da companhia por Bill Gates, em 1975. Até então, ela sempre deixou a produção dos PCs que rodam o seu sistema operacional Windows por conta de parceiros, como HP, Dell, Positivo, Lenovo e Acer, entre outros. Seu bilionário império foi construído dessa forma. 

Ainda hoje, a venda de licenças do seu sistema operacional Windows e do seu pacote de programas Office, que inclui o Word, o Excel, o Power Point e o Outlook, entre outros, corresponde a quase 60% da sua receita. Diante dos números, fica mais fácil entender o motivo do anúncio da Microsoft. Os tablets representam o futuro dos PCs e, por isso, são uma ameaça aos negócios da empresa de Seattle. Como resumiu Ballmer durante sua apresentação, “o Windows é a alma e o coração desta companhia”. Às vésperas de lançar o Windows 8, previsto para o último trimestre deste ano, a Microsoft não pode se dar ao luxo de fracassar nos tablets. “O que está em jogo aqui é fazer a Microsoft voltar a ser relevante em seu mercado”, afirma Carolina Milanesi, analista da consultoria Gartner.


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