Galo da Madrugada do Recife...
sua história e sua tradição.
Da união de um grupo de amigos e famílias do Bairro de São José, comandados pelo baluarte Enéas Freire, surgia, no dia 24 de Janeiro de 1978, o Clube de Máscaras Galo da Madrugada. Sem grandes pretensões, aquele que viria a se tornar um fenômeno mundial foi criado com um único e simples propósito: fazer renascer o tradicional, espontâneo e criativo carnaval de rua do Recife, então ameaçado pelos clubes e passarelas, que, cada vez mais limitavam – em espaço e participantes – o fazer da folia.
Assim nascia o Galo da Madrugada, nas ruas estreitas, apertadas e becos tortuosos do Bairro de São José, berço dos primeiros clubes e blocos carnavalescos do Recife. Naquele mesmo ano, no dia 04 de fevereiro de 1978, o Galo saiu às ruas pela primeira vez: cerca de 75 “almas penadas” - primeira fantasia do Clube – percorreram as ruas do Bairro, com seus sacos de confetes e serpentinas e acompanhadas por uma orquestra de frevo composto por 22 músicos. Era o início do reinado de um fenômeno que não pararia mais de crescer...
No ano seguinte, o bloco já contava com um número de foliões quase cinco vezes maior: 350 pessoas, vestidas de palhaços, almas, morcegos, diabos, árabes, cabeções de galos, arlequins e pierrôs, entre outras fantasias. Nesse mesmo ano, 1979, o Galo realizou a 1ª Noite dos Estandartes, no Clube Português, e também ganhou o seu estandarte e hino oficial – criados, respectivamente, pelo fundador Mauro Freire e pelo compositor José Mário Chaves.
Em 1980, desta vez tendo como fantasia a “Nêga Maluca” e o “Nêgo Mississipi”, o Galo consegue arrastar pelas ruas e ruelas do Recife cerca de 800 foliões. Em 1981, a multidão passou para mais de 1.500 pessoas. Nesse mesmo ano, o Galo cria o desfile de fantasia de papel na Praia de Boa Viagem e, em 1983, a Festa da Cerveja. Tudo, é claro, com o mesmo propósito: levar o frevo aos quatro cantos da cidade – nas ruas, praias e salões.
Em crescimento constante, o desfile do Galo passa por sua primeira grande mudança em 1984, quando as orquestras de frevo passaram a desfilar em cima de caminhões. A ideia não vingou por muito tempo: dois anos depois, já era impossível o som das orquestras alcançarem “naturalmente” toda a multidão que acompanhara o bloco; a solução foi recorrer aos trios elétricos.
Um ano antes, no carnaval de 1985, o Galo da Madrugada trouxe para o seu desfile o maior apresentador da TV brasileira de todos os tempos, o pernambucano Abelardo Barbosa – Chacrinha. Em um palanque armado na Praça da Independência e envolto de uma multidão que “só vendo pra crer”, o artista foi homenageado com o troféu Galo de Ouro. Ainda em 1985, o Galo deu à luz mais um descendente: o Bloco das Ilusões, formado pelas esposas dos diretores do Clube.
Em 1991, cumpre-se uma profecia: em seu 14º desfile, o Galo da Madrugada confirmou a previsão do jornalista e radialista Stélio Gonçalves, ex-diretor de jornalismo da Rádio Clube de Pernambuco, que, um dia, garantiu: “o Galo seria a maior agremiação de rua de Pernambuco”. De fato, naquele 09 de fevereiro de 1991, o bloco reuniu mais de um milhão de foliões, que tomaram as ruas e pontes da cidade ao som de duas orquestras de frevo, 12 carros de som e oito trios elétricos.
Anos mais tarde, em 1994, veio o reconhecimento internacional do livro dos recordes, o Guinness Book. Tornou-se, então, oficial: o Galo da Madrugada era considerado o maior bloco de carnaval do planeta, num carnaval que reuniu um milhão e meio de foliões. O título estampou a edição do ano seguinte do livro. Para comemorar e também reverenciar a majestade do carnaval pernambucano que acabara de ganhar o mundo, a Prefeitura do Recife pôs, em 1995, um gigantesco galo sobre as águas do Rio Capibaribe, tornando ainda mais belo o espetáculo carnavalesco recifense. Em 1996, a apoteose do desfile ganhou ainda mais cor e brilho: camarotes, sombrinha gigante, casal de Rei e Rainha do Maracatu sobre o Rio Capibaribe e um Galo bem mais gigantesco, desta vez montado na Ponte Duarte Coelho – onde é posto até hoje.
Comemorando os 100 anos do frevo, o Galo da Madrugada realizou, em 2007, um desfile à altura da festa e, mais um vez, conseguiu arrastar um milhão e meio de pessoas pelas ruas do centro do Recife. Em 2009, mais um recorde: os foliões ultrapassaram a marca dos dois milhões, num histórico desfile que homenageou o fundador Enéas Freire – falecido em junho do ano anterior. Neste mesmo ano, mais precisamente no dia 20 de fevereiro, o maior bloco de carnaval do mundo tornara-se também Patrimônio Imaterial de Pernambuco, através de lei assinada pelo governador Eduardo Campos.
Em 2011, o maior bloco do mundo passa por uma mudança no seu percurso, para garantir uma maior segurança no desfile e, é claro, um melhor conforto para os foliões que lotam o corredor principal. Pela primeira vez na história do Galo, o percurso deixou de incluir a Rua da Concórdia, substituindo-a pela Avenida Dantas Barreto. Com mais espaço para os brincantes e trios elétricos e também um desfile ainda mais bonito, o Clube das Máscaras teve a alteração aprovada pelo público e garantiu, mais uma vez, um belíssimo desfile que manteve a tradição de levar às ruas mais de um milhão e meio de pessoas, ao som do bom e maravilhoso frevo pernambucano.
Em 2012, o Galo promete entrar mais uma vez na história, com um desfile que, ao homenagear o centenário do eterno Rei do Baião, Luiz Gonzaga, une duas das maiores manifestações culturais musicais de Pernambuco: o frevo e o baião. O Clube também lançou o seu primeiro concurso de música tema, no qual participaram doze concorrentes de peso da música pernambucana, entre eles os compositores Jota Michiles, Getúlio Cavalcante, Fernando Azedo, Nuca e Eriberto e os também cantores Ed Carlos e Nena Queiroga, entre outros mestres do frevo.
Passados já 34 anos de seu primeiro desfile, o Galo da Madrugada tem o orgulho de permanecer fiel às suas raízes: valorizar o ritmo pernambucano e mostrá-lo aos foliões dos quatro cantos, não mais apenas do Bairro de São José, do Recife, do Estado ou até do Brasil; mas, agora, de todo o planeta, que, pessoalmente ou à distância, se encantam ao ver a beleza e a magia da maior manifestação cultural do planeta, como que seduzidos pelo refrão: “Ei pessoal, vem moçada! Carnaval começa no Galo da Madrugada.”
Fonte: http://www.galodamadrugada.org.br
No ano seguinte, o bloco já contava com um número de foliões quase cinco vezes maior: 350 pessoas, vestidas de palhaços, almas, morcegos, diabos, árabes, cabeções de galos, arlequins e pierrôs, entre outras fantasias. Nesse mesmo ano, 1979, o Galo realizou a 1ª Noite dos Estandartes, no Clube Português, e também ganhou o seu estandarte e hino oficial – criados, respectivamente, pelo fundador Mauro Freire e pelo compositor José Mário Chaves.
Em 1980, desta vez tendo como fantasia a “Nêga Maluca” e o “Nêgo Mississipi”, o Galo consegue arrastar pelas ruas e ruelas do Recife cerca de 800 foliões. Em 1981, a multidão passou para mais de 1.500 pessoas. Nesse mesmo ano, o Galo cria o desfile de fantasia de papel na Praia de Boa Viagem e, em 1983, a Festa da Cerveja. Tudo, é claro, com o mesmo propósito: levar o frevo aos quatro cantos da cidade – nas ruas, praias e salões.
Em crescimento constante, o desfile do Galo passa por sua primeira grande mudança em 1984, quando as orquestras de frevo passaram a desfilar em cima de caminhões. A ideia não vingou por muito tempo: dois anos depois, já era impossível o som das orquestras alcançarem “naturalmente” toda a multidão que acompanhara o bloco; a solução foi recorrer aos trios elétricos.
Um ano antes, no carnaval de 1985, o Galo da Madrugada trouxe para o seu desfile o maior apresentador da TV brasileira de todos os tempos, o pernambucano Abelardo Barbosa – Chacrinha. Em um palanque armado na Praça da Independência e envolto de uma multidão que “só vendo pra crer”, o artista foi homenageado com o troféu Galo de Ouro. Ainda em 1985, o Galo deu à luz mais um descendente: o Bloco das Ilusões, formado pelas esposas dos diretores do Clube.
Em 1991, cumpre-se uma profecia: em seu 14º desfile, o Galo da Madrugada confirmou a previsão do jornalista e radialista Stélio Gonçalves, ex-diretor de jornalismo da Rádio Clube de Pernambuco, que, um dia, garantiu: “o Galo seria a maior agremiação de rua de Pernambuco”. De fato, naquele 09 de fevereiro de 1991, o bloco reuniu mais de um milhão de foliões, que tomaram as ruas e pontes da cidade ao som de duas orquestras de frevo, 12 carros de som e oito trios elétricos.
Anos mais tarde, em 1994, veio o reconhecimento internacional do livro dos recordes, o Guinness Book. Tornou-se, então, oficial: o Galo da Madrugada era considerado o maior bloco de carnaval do planeta, num carnaval que reuniu um milhão e meio de foliões. O título estampou a edição do ano seguinte do livro. Para comemorar e também reverenciar a majestade do carnaval pernambucano que acabara de ganhar o mundo, a Prefeitura do Recife pôs, em 1995, um gigantesco galo sobre as águas do Rio Capibaribe, tornando ainda mais belo o espetáculo carnavalesco recifense. Em 1996, a apoteose do desfile ganhou ainda mais cor e brilho: camarotes, sombrinha gigante, casal de Rei e Rainha do Maracatu sobre o Rio Capibaribe e um Galo bem mais gigantesco, desta vez montado na Ponte Duarte Coelho – onde é posto até hoje.
Em 2011, o maior bloco do mundo passa por uma mudança no seu percurso, para garantir uma maior segurança no desfile e, é claro, um melhor conforto para os foliões que lotam o corredor principal. Pela primeira vez na história do Galo, o percurso deixou de incluir a Rua da Concórdia, substituindo-a pela Avenida Dantas Barreto. Com mais espaço para os brincantes e trios elétricos e também um desfile ainda mais bonito, o Clube das Máscaras teve a alteração aprovada pelo público e garantiu, mais uma vez, um belíssimo desfile que manteve a tradição de levar às ruas mais de um milhão e meio de pessoas, ao som do bom e maravilhoso frevo pernambucano.
Em 2012, o Galo promete entrar mais uma vez na história, com um desfile que, ao homenagear o centenário do eterno Rei do Baião, Luiz Gonzaga, une duas das maiores manifestações culturais musicais de Pernambuco: o frevo e o baião. O Clube também lançou o seu primeiro concurso de música tema, no qual participaram doze concorrentes de peso da música pernambucana, entre eles os compositores Jota Michiles, Getúlio Cavalcante, Fernando Azedo, Nuca e Eriberto e os também cantores Ed Carlos e Nena Queiroga, entre outros mestres do frevo.
Passados já 34 anos de seu primeiro desfile, o Galo da Madrugada tem o orgulho de permanecer fiel às suas raízes: valorizar o ritmo pernambucano e mostrá-lo aos foliões dos quatro cantos, não mais apenas do Bairro de São José, do Recife, do Estado ou até do Brasil; mas, agora, de todo o planeta, que, pessoalmente ou à distância, se encantam ao ver a beleza e a magia da maior manifestação cultural do planeta, como que seduzidos pelo refrão: “Ei pessoal, vem moçada! Carnaval começa no Galo da Madrugada.”
Fonte: http://www.galodamadrugada.org.br
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