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Confabulemos...

14 janeiro 2012

Anjinho x Diabinho ▬ Entendendo melhor o nosso palco mental

Quem é que nunca viu os nossos clássicos desenhos animados usarem do artifício reducionista “anjinho x diabinho” para representar a consciência humana e as vozes interiores que nos guiam no nosso dia a dia. Acontece que estamos todos tendendo a seguir nosso lado animal, que nada mais é do que a teimosia, a dificuldade em reconhecer obstáculos como uma coisa positiva e capacidade de, após um certo período de aprendizado, saber se livrar de algo que está te fazendo mal.

Apesar de ser tomado como besteira por muitas pessoas, esse reducionismo é o que representa de modo mais fiel a batalha mental com a qual convivemos, algumas mais intensas, outras menos. Vou usar de uma história para exemplificar este conflito. Vocês serão apresentados a Letícia, uma personagem fictícia. Ela tem 28 anos, dois filhos e acabou de ser abandonada por seu marido. Sua vida tem se tornado algo muito difícil, já que ela ainda não compreendeu bem toda a situação por qual passou. Existem duas vozes dentro dela, dizendo coisas completamente opostas.

A voz do anjinho é sempre a mais baixa, muito mais fácil de ser sentida do que ouvida. Ele fala baixo por confiar na sua intuição. Já a voz do diabinho grita, atormenta. Ele usa deste recurso por querer te desviar de seus caminhos, de sua intuição. O propósito desta voz sempre é te causar mal, te deixar para baixo. Veja:

“Letícia, você está com um grande problema, literalmente ferrada. Agora, sem o seu marido, tudo será mais difícil para você. Imagine esses seus filhos crescendo sem pai... Com certeza eles crescerão revoltados, perdidos por não terem uma referência masculina. Mas também, não é? Você precisava ter se cuidado mais, está tão feia que nem seu próprio marido te suportou. Agora já é tarde, resta arcar com a culpa de ter estragado a vida de duas pessoas tão novinhas, afinal, crescer sem pai é um estrago e tanto, não? E também, porque você foi falar o que pensou? Se tivesse ficado quieta ele ainda estaria ao seu lado. Foi bancar a sincera e viu o que deu? Nem Deus gosta mais de você! Agora fique aí, afundada nesse seu sofrimento que será eterno, pois você não merece sair dele!”

Em contrapartida:

“O que é isso, Letícia? Sai dessa, isso não vai te ajudar em nada! Se o seu casamento não deu certo, é porque não tinha de dar! Não se culpe por nada, você fez o que pôde! Tudo bem que seus filhos precisam de um pai, mas você pode ser mãe e pai ao mesmo tempo! Te acompanho desde que nasceu, sei o tamanho da sua força! Além disso, você tem todo o tempo para reestruturar sua vida, para encontrar um novo amor... Deixe de sofrer por algo do passado, seus filhos precisam da sua presença, da sua alegria! Levante, existe uma vida à sua espera! Viva-a sem medos, se entregue! Confie em Deus, pois ele estará sempre olhando por você!”

Agora, você pode decidir qual voz Letícia escolheu ouvir. Pare e pense nas conseqüências de cada uma dessas escolhas. E aí, qual ela escolheu? Agora é com você! O que fala o seu anjinho sobre este sofrimento de agora? E o seu diabinho? Qual vai escolher? Tudo depende de você!




Por: Danilo Oliveira
http://umgritodesilencio.blogspot.com

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