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Confabulemos...

14 maio 2011

A mulher é mais mulher aos 30 anos?



A mulher é mais mulher aos 30 anos....


Uma mulher é muito mais mulher aos 30 anos. Eis o que quero dizer: tome a mesma moça aos 20 anos e aos 30. No segundo momento ela será talvez umas sete ou oito vezes mais interessante, mais sedutora, mais irresistível do que no primeiro.
Aos 30 anos, a mulher se conhece mais e é por isso muito mais autêntica, centrada, certeira - no trato consigo mesma e na relação com o seu homem. 
Aos 30, a mulher tem uma relação mais saudável com seu corpo. Aos 30, ela está muito mais interessada em absorver do mundo o que lhe parecer justo e útil, ignorar o que for feio e baixo astral e ser feliz o máximo que der. Se o seu homem não gostar dela do jeito que ela é, dane-se!! Uma mulher de 30 só quer quem a mereça.
Aos 30, ela sabe se vestir. Domina a arte de valorizar as partes do corpo que lhes são pontos fortes e de tornar discretas aquelas que não interessa tanto mostrar. Melhora muito a qualidade da sua escolha de sapatos e acessórios, tecidos e decotes, cores e combinações, maquiagem e corte de cabelos.
 A mulher de 30 só vai na boa. Gasta mais, porque tem mais dinheiro, mas, sobretudo, gasta melhor. Tem gestos mais delicados, posturas mais elegantes, é mais graciosa e temperada. O senso de propriedade e a noção de limites de uma mulher de 30 não têm termo de comparação com outra de 20. 
Aos 30 ela carrega um olhar muito mais matador - quando interessa matar. E que finge indiferença com muito mais competência - quando interessa repelir.
Aos 30, a mulher não é mais bobinha. Não que fique menos inconstante. Mulher que é mulher se pudesse não vestia duas vezes a mesma roupa nem acordava dois dias seguidos com o mesmo humor. Mas aos 30 ela já sabe lidar melhor com esse aspecto peculiar da sua condição feminina. E poupa - exceto quando não lhe interessa poupar - o seu homem desses altos e baixos hormonais que aos 20 a transformavam.
Aos 20, a mulher tem espinhas. Aos 30, tem pintas. Encantadoras, perfumadas trilhas de pintas. Que só sabem mesmo onde terminam uns poucos e sortudos escolhidos. (Sim: aos 20 a mulher é escolhida. Aos 30, é ela quem escolhe. Aos 20, ela é comida por alguém. Aos 30, é ela que decide para quem dar. Etc.) 
Com 20 ela eventualmente veste calcinhas que não lhe favorecem. E as pendura no registro do chuveiro. Aos 30, usa lingeries escolhidas a dedo. Que, sempre surpreendentes e com altíssimo poder de fogo, o seu homem nunca sabe de onde saíram. Aos 30, a mulher aprende a se perfumar na quantidade certa. E com a fragrância exata para a sua pele, para a temperatura do dia, para os tons da roupa que está usando. A mulher de 30, muito mais do que a de 20, cheira bem, dá gosto de olhar, captura os sentidos, provoca fome.
Aos 30, ela é mais natural, mais elegante, mais sábia, mais serena. Menos ansiosa, menos estabanada. Desenvolve um toque macio e quente, que sabe ser a um só tempo firme e suave. Fica tudo mais uterino, mais helênico, mais glamouroso, mais sexualmente arguto.
Aos 30, a mulher não faz mais experiências esdrúxulas. Quando ousa, no que quer que seja, costuma acertar em cheio. 
No jogo com os homens, já aprendeu a esgrimir no contra-ataque, construindo seus xeques-mates em silêncio. Quando dá o bote, é para liquidar a fatura. Ela sabe dominar seu parceiro sem que ele se sinta dominado. Mostra sua força na hora certa, de modo sutil. Não para exibir poder - mas exatamente para resolver tudo a seu favor antes de chegar ao ponto de precisar exibi-lo. Garante para si o que quer sem confrontos inúteis. E brinca com a sua pretensa fragilidade como uma ferramenta lúdica de prazer - seu e do seu homem. Sabiamente, goza de todas as prerrogativas da condição feminina sem ter que engolir nenhum sapo supostamente decorrente do fato de ser mulher.
Se você, leitora, anda preocupada porque não tem mais 20 anos - ou porque os têm, mas já percebeu que eles não vão durar para sempre - fique tranqüila, deixe de bobagem, desencane. Saiba que é precisamente aos 30 que o jogo começa a ficar bom.

Por Adriano Silva (editor da Super Interessante)

10 maio 2011

Maturidade...





A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos
A maturidade faz parte de um processo.
Em um processo não podemos queimar etapas. Ele é lento, chato e demorado.
Uma criança passa por um momento de amadurecimento a partir do momento que começa a brincar.
A maturidade acontece, quando tomamos posse do que nós somos, para aí então poder nos dividir com os outros. Isso faz parte do processo de maturidade. 
Não nascemos amando, pelo contrário, queremos ter a posse dos outros.
Essa é a forma de amar da criança, pois ela não consegue pensar de maneira diferente.
Ela não consegue entender que o outro não é ela. 
Quantas pessoas já adultas pensam assim, trata-se da incapacidade de amar, falta de maturidade. 
Amar significa: amar o outro como ele é. 
Por isso quando falamos em amar os outros, podemos perceber o quanto deixamos de ser crianças. Devemos nos questionar a todo o momento quanto a nossa maturidade. 
A santidade começa na autenticidade. 
Por isso Jesus nos pede para ser como as crianças, que são verdadeiras e simples.
É nisso que devemos manter da nossa infância e não a forma de possuir as coisas para si.
Você tem condições para perceber a sua maturidade.

 É só observar se você é obediente mesmo quando não há pessoas ao seu redor. 
Você não precisa que ninguém te observe, pois você já viu aquilo como um valor. 
Pessoas imaturas sofrem dobrado.
Pessoas imaturas querem modificar os fatos, pessoas maduras deixam que os fatos os modifiquem.
A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos.
Um imaturo ganha um limão e o chupa fazendo careta.
O maduro faz uma limonada com o limão que ganhou. 
Muitas vezes os nossos relacionamentos de amizade são uns fracassos porque somos imaturos. 
Amigos não são o que imaginamos, mas o que eles são e com todos os defeitos. 
Amizade é processo de maturidade que nos leva ao verdadeiro encontro com as pessoas que estão ao nosso lado.
Elas têm todos os defeitos, mas fazem parte da nossa vida e não a trocamos por nada deste mundo. 
A rejeição é um processo de ver-se.
Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto.
Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer do outro uma representação daquilo que me falta.
Isso não é amor, isso é coisa de criança.
O anonimato é um perigo para nós.
É sempre bom que estejamos com pessoas que saibam quem somos nós e que decisões nós tomamos na vida. 
É sempre bom estarmos em um lugar que nos proteja. 
Amar alguém é viver o exercício constante, de não querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fosse.
A experiência de amar e ser amado é acima de tudo a experiência do respeito.
Como está a nossa capacidade de amar? 
Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor.
Amar por necessidade é querer sempre que o outro seja o que você quer.
Amar por valor é amar o outro como ele é, quando ele não tem mais nada a oferecer, quando ele é um inútil e por isso você o ama tanto.
Na hora que forem embora as suas utilidade, você vai saber o quanto é amado.
Tudo vai ser perdido, só espero que você não se perca.
Enquanto você não se perder de si mesmo você será amado, pois o que você é significa muito mais do que você faz. 
O convite da vida cristã é esse: que você possa ser mais do que você faz! ”
Padre Fábio de Melo